Água no gasóleo

A água está sempre presente no gasóleo, podendo existir em quantidades maiores ou menores e em diferentes formas: água dissolvida ou água emulsionada.

Sendo solúvel em gasóleo, a quantidade de água em solução depende da temperatura. Na prática, é impossivel manter gasóleo livre de água, ainda que sem a presença de água livre, não é possivel de evitar a água emulsionada, porque o mesmo absorve água do próprio ar durante a armazenagem e transporte.

 A quantidade de água absorvida do ar depende da humidade relativa, e em contacto com ar com humidade relativa de 50%, o gasóleo conterá metade da água dissolvida de gasóleo saturado com água na mesma temperatura.

O gasóleo em contacto com a água no estado livre e após algum tempo, fica saturado com água em solução no nível máximo permitido pela temperatura em que se encontra. Se a temperatura aumenta, ele passa a dissolver mais água, e quando a temperatura baixa, parte da água dissolvida pode separar-se na forma de água livre. Como a água tem uma densidade maior do que o gasóleo, e com a influência da gravidade tende a separar-se, formando uma camada inferior, enquanto o gasóleo ocupa a superfície. Como mencionado anteriormente, a água está sempre presente no gasóleo, seja proveniente da humidade no ar, da condensação nas paredes dos tanques ou através de descuidos no manuseamento do combustível. Além de originar a corrosão dos tanques, a presença de água permite o crescimento de microorganismos que utilizam o gasóleo como alimento. Estes microorganismos produzem não só emulsionantes, parte do processo biológico para permitir a ingestão no gasóleo como alimento, mas também ácidos que atacam as paredes dos tanques, componentes dos motores e o próprio gasóleo. Estes microorganismos são um factor importante na formação da chamada “borra do gasóleo”.

A presença de água livre e emulsionada também reduz o caracter lubrificante do gasóleo e pode causar sérios danos às partes móveis do motor, principalmente à bomba injetora de combustível.